segunda-feira, 29 de julho de 2013

II Marcha das Vadias de Maringá

DIREITO AO CORPO


Nem do Estado, nem da religião e nem do marido:

NOSSO CORPO NOS PERTENCE. 

A origem :
A Marcha das Vadias nasceu em resposta ao depoimento de um policial na Universidade de Toronto, sobre segurança no campo universitário. O policial defendia que para se defender de estupros as mulheres não deveriam se vestir como "vadias" (sluts). A reação de indignação foi imediata, uma vez que este pensamento insinua que a é a própria vitima quem provoca o ataque. SIM, A IDÉIA É IMPORTADA, MAS BOA IDEIA TEM QUE SER DISSENIMADA.
Após o ocorrido, diversas manifestações eclodiram no mundo e também no Brasil sendo realizada em diversos estados e cidades do Paraná, como Curitiba , Londrina, Ponta Grossa e em Maringá, que ocorreu no dia 10 de julho de 2012.

Porque Marcha das Vadias ?
O termo “vadia” não soa de maneira simpática aos nossos ouvidos, isto porque há muito tempo nossa sociedade machista se apropriou da palavra para resignifica-la de forma conotativa justificando as agressões, pelo simples fato de sermos “vadias”. A intenção de produzir uma marcha com o mesmo nome é resignifica-la novamente, ao mesmo tempo que polemizando, ironizando e brincando com o novo significado ao termo.  
SIM SE SER LIVRE É SER VADIA, ENTÃO SOMOS TODAS VADIAS!



Por que nós marchamos ?

Este ano marchamos em Maringá para além do caráter de denúncia das diversas formas que a violência contra o gênero feminino tomam em nossa sociedade, mas sobretudo para questionarmos e desnaturalizarmos essas violências .
Marchamos pela penalização de todos esses tipos de violência machista, seja ela física, institucional, moral, psicológica, sexual, doméstica ou por negligência.Por políticas públicas e leis eficazes, seja nas delegacias especializadas ao atendimento à mulher, nos juizados especiais, no Ministério Público, no Centro de Referência de Atendimento à Mulher, no Sistema Único de Saúde, bem como demais centros de saúde, no IML, no Conselho Municipal da Mulher, e na Secretária Municipal da Mulher. Para que toda a rede de amparo à mulher vítmia de agressão cumpra com o seu dever e seja acessível às mulheres, respeitando-as em suas pessoalidades .
Pela igualdade de salários entre mulheres e homens no plano material e não apenas na lei (no papel).
Para que o trabalho Do Lar seja reconhecido, valorizado e proteggido pela legislação como os demais trabalhos ou para que os trabalhos domésticos sejam uma tarefa divida justamente entre os homens e mulheres de uma casa! 
Pela liberdade das mulheres em expressar e exercer sua sexualidade sem que por isso sejam julgadas como provocantes, “fáceis”, vulgares ou potenciais vítmimas de estupro.
Pela liberdade das mulheres realizarem seus desejos e serem dona de seus prazeres!Para não utilizarem nossa imagem na mídia como mero objeto sexual! Nossos corpos não são mercadoria! E nossa beleza não está padronizada em escala!Marchamos por educação sexual para poderem escolher, contraceptivos para previnir a gravidez indesejada e as DSTs, e aborto legal e seguro para as mulheres não morrerem. Pela vida da mulher!
Pelo nosso direito de decidir sobre o nossa próprio corpo.Para que possamos exercer nossa liberdade nas redes sociaIs sem censura. Pela não confusão do nudismo com pornografia.
Marchamos contra o racismo, pois as mulheres negras e mestiças sofrem muito fortemente a opressão de gênero somada à opressão étnica, possuem as piores condições de trabalho e salário, o acesso a saúde precário.
Pelo fim da negligência com as mulheres indígenas que há mais de quinhentos anos sofrem agressões e estupros como de extermínio dos povos nativos do Brasil.
Marchamos contra estereótipos do gênero e sexualidade, que enquadram homens e mulheres em papeis sociais e sexuais restritos, excluindo e marginalizando travestis, transexuais, transgêneros, gays, lésbicas e bissexuais; ou excluindo-os do direito de constituir família e de expor afetividade em público.
Pelo respeito e seriedade no tratamento à violência contra as prostitutas, maiores vítimas da exploração capitalista do corpo e da opressão machista; pela não ocultação dos casos de violência e homicídios de prostitutas (sejam mulheres, travestis, transexuais ou homens).
Para que as mulheres possam reconstruir suas vidas em qualquer fase ou faixa etária, nunca é tarde para realizar seus sonhos e anseios! Felicidade cai bem em qualquer idade.
Para que possamos tomar consciência de que o especismo é uma opressão tão grave quanto o sexismo, e que suas origens são as mesmas: Uma hierarquização de uma parte que se julga superior a outra. Pela horizontalidade em todas as esferas da vida!
Marcharmos para que os feminismos não sejam confundidos com sexismo, pois não há gênero superior, não há “machismo ao contrário”. O feminismo é a tomada de consciência da posição de subordinação de gênero, uma luta por direitos básicos e respeito à todas e todos.
Lutamos para que todo tipo de discriminação seja extinta junto aos antigos conceitos decretados à mulher. 
Pela garantia da liberdade de ir e vir, sem que soframos qualquer tipo de violência no trajeto. Que não tenhamos que temer pelo estupro.
Pela garantia de exercer nossa capacidade plena e fazermos uso do nosso corpo segundo nossas próprias decisões .
Marchamos por uma vida digna para cada mulher, para todxs xs vítimas do machismo em nosso país, de toda orientação sexual, etnia e classe. Venha marchar conosco! Você não precisa abraçar todas as causas, mas se uma ou mais dessas questões lhe afeta ou comove. Venha para luta você também!

Nem do Estado, nem da religião e nem do marido: NOSSO CORPO NOS PERTENCE!
QUANDO UMA MULHER AVANÇA, NENHUM HOMEM RETROCEDE!


Denuncie:
Delegacia da Mulher (DM) - Maringá 
Endereço:  Rua Julio Menegetth, nº 195 - Bairro: Jardim Novo Horizonte
Telefone: (44)3220-2500

Busque Ajuda:

Secretaria Municipal da Mulher de Maringá
Endereço: Av. XV DE Novembro , 331, sala 02 Centro
Telefone: (44) 3901-6545

Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) Maria Mariá - Maringá 
Endereço:  Avenida Humaitá, nº 774 - Bairro: Zona 04
Telefone: (44)3901-1093              Fax:       (44)3901-1093

Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) - Sarandi 
Endereço:  Rua Castro Alves, nº 2688 - Bairro: Jardim Ouro Verde
Telefone: (44)3905-1900

Cuide de sua Saúde:
CTA -Centro de testagem e Aconsehamento
Exames de HIV, Sífilis, Hepatite B e C ( Teste rápido ou convencional)
Atendimento de segunda à quinta-feira das 7:30 às 17:00 hrs
Endereço: Rua Tabaetê esquina com Rua Assunção, s/n- Jardim Tabaetê – NIS Zona Sul
Telefones(44) : 3293-8334 ou 3293-8335

Procure a  Unidade Basíca de Saúde mais próxima de você, e exija seus direitos, como :meios de proteção de DSTs e contraceptivos.

Tire suas dúvidas sobre a marcha de maringá,contate-nos pelo blog : http://marchadasvadiasmga.blogspot.com.br/ 

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