Sobre a Marcha


   A Marcha das Vadias, manifestação feminista que nasceu em Toronto no Canadá, terá sua segunda edição na cidade de Maringá no dia 3 de agosto com concentração no estádio Willie Davids. A da
ta foi decidida em reunião aberta de organizadores.
Em 2012, a primeira edição da Marcha das Vadias reuniu cerca de 500 pessoas em Maringá protestando contra qualquer tipo de violência ou opressão de natureza machista (contra mulheres e homens) pela autonomia do corpo feminino, descriminalização do aborto e pautas locais: funcionamento da delegacia da mulher 24 horas por dia e todos os dias da semana, políticas públicas efetivas para inclusão de todas as mulheres, entre outras.
   Devido ao crescimento do fundamentalismo religioso no país, especialmente dentro de estâncias representativas como a Comissão de Direitos Humanos e a Câmara dos Deputados, o tema da manifestação desse ano será: “Direito ao corpo – nem marido, nem Estado, nem religião – meu corpo pertence somente a mim!”. Apesar de o Brasil ser um país laico e democrático, pode-se observar um grande retrocesso com relação a pautas feministas e até mesmo direitos humanos: temos como exemplo a eleição do pastor deputado Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos, a aprovação da “cura gay” por essa mesma comissão e o projeto de lei do Estatuto do Nascituro, que impede a mulher de interromper a gestação – mesmo em casos de anencefalia do feto e estupro, tira a responsabilidade criminal do estuprador e a transfere para a mulher, que não pode mais optar se quer ou não carregar o fruto da violência, e ainda é obrigada a criar vínculos com o agressor.
   A Segunda Marcha das Vadias de Maringá também fará cobranças locais – da secretaria da mulher e da prefeitura. A Delegacia da Mulher ainda não realiza atendimentos como solicitado na Marcha passada, além de estar localizada em um endereço de difícil acesso, o Conselho da Mulher de Maringá ainda não representa a pluralidade das mulheres maringaenses – as cadeiras das profissionais do sexo e empregadas domésticas correm o risco de serem extintas pela atual administração da cidade, posturas homofóbicas, sexistas e racistas ficaram evidentes durante a V Conferência da Mulher de Maringá por parte de membros da Secretaria da Mulher da cidade.


Dia: 03 de junho de 2013 (sábado)
Horário: às 14h
Concentração: Estádio Willie Davids

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